sábado, 10 de junho de 2017

(SANTANNA & MENEGOLLA, 1991)

SEMINÁRIO

Essa é uma técnica das mais comuns no voca­bulário de professores de ensino superior ou de alunos. Dá-se essa denominação até para resumo de capítulos de livro feito pelos alu­nos e apresentado para seus colegas em aula, enquanto, muitas vezes, o professor apenas assiste sem interferir. Claro que isso não é um seminário, nem arremedo de seminário.
O seminário (cuja etimologia está ligada a sêmen, sementeira, vida nova, ideias novas) é uma técnica riquíssima de aprendizagem que permite ao aluno desenvolver sua capacidade de pesquisa, de produção de conhecimento, de comunicação, de organização e fun­damentação de ideias, de elaboração de relatório de pesquisa, de fazer inferências e produzir conhecimento em equipe, de forma coletiva. Ele envolve professor (professores) e alunos num trabalho de pesquisa por dois ou três meses.
Como funciona? Em duas partes. A primeira delas corresponde ao ensino com pesquisa, que já descrevemos. Ou seja: no primeiro mo­mento usa-se a técnica do ensino com pesquisa até a comunicação final dos resultados de cada grupo.
A segunda parte consiste no seguinte: os assuntos de pesquisa que foram distribuídos pelos diferentes grupos guardam entre si uma relação de complementação, ou de crítica, que não aparece à primeira vista. O professor, então, estabelece um tema para o semi­nário que diretamente não foi pesquisado por nenhum grupo, mas para cujo debate encontram-se ideias e informações nos vários gru­pos de pesquisa. Orienta os diferentes grupos informando que não se trata de uma atividade em que cada um vai apresentar um resumo de sua pesquisa, mas de se retirar das pesquisas os elementos necessá­rios para a discussão do novo tema. E, portanto, os diferentes grupos deveriam se preparar para isso. Marca-se o dia do seminário.
Por ocasião da realização do seminário, o professor aleatoria­mente escolhe um elemento de cada grupo de pesquisa formando com eles uma mesa-redonda. Os demais assistirão ao debate, poden­do participar pedindo a palavra ao coordenador. Aberta a discussão, cada participante exporá os dados e as informações que sua pesquisa oferece para o desenvolvimento daquele tema. O debate se instalará, o professor mediará, inclusive apresentando questões a serem debati­das, garantindo e incentivando a participação de todos, abrindo possibilidades de participação também para os ouvintes e conduzin­do os trabalhos de tal forma que no tempo previsto se chegue a produzir um tema novo com base nos grupos de pesquisa. Então, sim, teremos realizado um seminário. Nesses moldes, chegaria a afir­mar que mesmo em cursos de pós-graduação o uso dessa técnica é por demais reduzido.
Como disse anteriormente, é uma excelente técnica quando bem compreendida e adequadamente realizada. Por isso, vale a pena conhe­cê-la, praticá-la e permitir que nossos alunos a descubram também.

Leituras
Todos nós professores consideramos bastante importante que os alunos se preparem para as aulas lendo alguns textos ou preparando algum material. E são muitas as reclamações de que os alunos não gostam de ler. São muito apressados quanto à sua aprendizagem.

RECURSOS

A faculdade poderá constatar a disponibilidade de tais recursos ou, na falta dos mesmos, tomar providências para sua obtenção.
Existe grande variedade de recursos de ensino: desde os mais simples como quadro-de-giz, cartazes, álbum seriados textos mimeografados até os mais complexos como retroprojetores, gravadores e equipamentos multimidia. Convém, portanto, que essa previsão acerca dos recursos seja feita de forma realista, considerando principalmente a disponibilidade da instituição e da comunidade.
No ensino superior, os recursos mais utilizados são: o quadro-de-giz (quadro branco), o retroprojetor, o bloco de papel (flip chart), o data show, o vídeo e álbum seriado.



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