quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A Sociedade Líquida



Nos textos modernidade líquida (Bauman) e de Giddens: Consequência da modernidade enfatizam sobre o mesmo tema em duas concepções diferentes enquanto, Bauman, discute em metáfora, Giddens define a modernidade nas ciências sociais com a contribuição dos pensados da sociologia nascente. Ambos fazem esclarecimentos necessários para a compreensão da realidade das décadas de 80 e 90, adentrando aos nossos dias.
A metáfora de BAUMAN se relaciona sobre a modernidade líquida, consegue fazer uma relação direta entre sólidos e líquidos, evidenciando que os tem clara dimensão de espaço, mas que se neutraliza pelo impacto e diminui seu significado com o tempo. Os fluidos não conseguem manter sua forma própria por muito tempo e estão dispostos a consequentes mudanças. Para ele o fluxo do tempo é mais do que do espaço, é espaço momentâneo.
A definição de modernidade que GIDDENS se refere aos modos de vida ou organização social que surgiram no século XVII e adiante cuja influência, posteriormente, foi convertida mais ou menos ao mundo. Essa era uma nova era para as ciências sociais. Surgindo uma variedade de termos para definir a nova sociedade: sociedade da informação, ou sociedade de consumo. Algumas questões está ligado ao debate das transformações institucionais, principalmente, a que se refere aos bens de consumo e outro cuja preocupação com a informação.
BAUMAN explicita que os fluidos se desprendem facilmente “se derrete”, “salpica”, “se descarregam, “se filtram”“. A fluidez ou a liquidez são metáforas adequadas para compreender a natureza da situação atual, os novos sentidos da história da modernidade. Nos tempos modernos encontramos sólidos pré-modernos bastante avançados de desintegração e é um motivo mais poderoso que estimulava a dissolução em desejo de inventar sólidos cuja solidez que seja capaz de se confiar, duradouro pudendo controlar o mundo.
“Derreter os sólidos” significava desprender das obrigações “irrelevantes”, Max Weber, expressa, liberar a iniciativa comercial das algemas de suas obrigações domésticas e a densa trama de deveres éticos. Thomas Cártyle diz que todos os vínculos que condicionam a vida, como reciprocidade humana e muita responsabilidade prevalece “desejo pelo dinheiro”. E daí, as relações sociais são extravasadas tornando-se desprotegidas, desarmadas, incapaz de resistir a regras do jogo e os critérios da racionalidade modelada pelo comércio e menos capaz de competir com eles efetivamente.
A ordem econômica uma vez estabelecida veio colonizada, reeducada e convertida a seu gosto ao resto da vida social, chegando a dominar a totalidade da vida humana. Surge então à tarefa de construir uma nova ordem melhor para substituição aos velhos e defeituosos sistemas, porque não há nenhuma agenda atual de “dissolução dos sólidos” é traço de modernidade adquirida, um novo significado, adquirindo-se um significado novo, há mudanças de direção, dissolvendo as forças que poderiam manter tema de ordem dentro do sistema político.
Por certo, todos os modelos que romperam trocados por outros as pessoas foram libertadas das velhas células para ser censuradas e repreendidas por meio de um esforço dedicado, contínuo, construídos por eles uma ordem nova, fomentanda as melhores condições e perspectivas vitais. E, os indivíduos dedicar-se a novas tarefas de sua liberdade.
Na atualidade as pautas não estão determinadas, não estão evidentes de nenhum modo. O poder de liquefação está deslocado do sistema da sociedade e da política e da política vital, vem se definido o macro e o micro nível convivência social. Nas mudanças inseridas, manter as formas dos fluidos requer muita atenção, vigilância constante e um esforço de perpetuação e inclusão, neste caso o êxito previsível.
A modernidade começa quando o espaço e o tempo se separam da pratica vital e entre si, podem ser teorizadas como categorias de estratégia e ações mutuamente independentes. O tempo tem história e sua “capacidade de contenção” que amplia permanentemente: a prolongação dos caminhos, de espaço que o tempo permite “passar”, “cruzar”, “cobrir”... ou conquistar. O tempo adquire a história com a velocidade do movimento do espaço.
Segundo GIDDENS há uma descontinuidade da modernidade. Pois, a história da humanidade está marcada por “certas” descontinuidades e precisam de um desenvolvimento sem armadilhas, e por suposto conhecida e tem sido acentuada a maioria das versões marxistas.
As formas de vida introduzidas pela modernidade arrasaram de maneira sem precedente todas as modalidades tradicionais de ordem social. Extensivamente vão servindo para estabelecer formas de interconexão social que abraçam o globo terrestre; intensivamente, vão alterando algumas das mais íntimas e privadas características de nossa cotidianidade.
Uma das causas da descontinuidade da modernidade não tem sido inteiramente compreendida, se deve a antiga influencia do evolucionismo social. Marx apresenta a história da humanidade dotada de uma direção de conjunto governada por princípios de dinâmica geral. Substituir a narrativa evolucionista ou descontruir sua linha de relato, não só ajuda a clarear o cometido de analisar a modernidade sendo que reduz parte do debate sobre a chamada pós-modernidade. A visão pós-moderna contempla uma pluralidade de heterogêneas pretensões ao conhecimento, entre os quais a ciência não possui lugar privilegiado.
Durante a modernidade a velocidade do movimento e o acesso aos meios de mobilidade mais rápido ascendeu até chegar ao principal instrumento de poder e dominação.
O domínio dos tempos estava ligado diretamente aos chefes, imobilização a mobilização dos cidadãos e ignorando os direitos com exercício arbitrário do poder. O poder pode se move na medida que o tempo foi requerendo movimento essenciais e reduzindo o que era instantâneo. Na prática o poder se volta pra o extraterritorial com a expansão do telefone, um telefonema poder mudar a ordem e controlar o mundo (BAUMAN).
            Vale ressaltar que a força militar e suas estratégias bélicas tinha que encarar modernidade liquida com objetivava a conquistar novos territórios e a demolição de novos muros que impediam a os novos poderes globais.
Estamos assistindo a um aumento do nomadismo em relação ao sedentarismo, na etapa do liquida da modernidade a maioria sedentária é governada por uma elite nômade e extraterritorial.  A desintegração da trama social e o desmoronamento das ações coletivas assinalam-se com grande ansiedade e justifica-se como efeito colateral na nova leveza e fluidez de um poder que cada vez é mais móvel, escuro, que muda evasivo e fugitivo. A desintegração social é um resultado da nova técnica de poder que emprega os principais instrumentos ao descompromisso e arte da fuga (BAUMAN).
GIDDENS coloca no texto que Surgiram algumas interrogações: como poderemos reconhecer as descontinuidades que as instituições sociais modernas das ordens sociais tradicionais? Entram em jogo algumas características: 1. O ritmo de mudanças da era da modernidade põe em movimento as civilizações tradicionais podendo torná-la mais dinâmicas que outros sistemas pré-moderno. Mas a celeridade desta mudança apresenta condições excepcionais da modernidade, resultando na tecnologia e excedendo as outras esferas. 2. O âmbito de mudança está ligado à interconexão da comunicação em diferentes regionais do mundo. 3. A natureza intrínseca das instituições modernas. É evidencia de algumas formas sociais modernas do sistema estado-nação ou da dependência generalizada da produção a partir de fonte inanimadas de energia e completa mercantilização dos produtos e trabalho assalariado.
O caráter da modernidade se concentra em grande parte em discussões sobre segurança e perigo, confiabilidade e riscos. O desenvolvimento das instituições sociais modernas e sua expansão mundial estão criando oportunidades enormente maiores para que os seres humanos desfrutem de uma existência mais segura e recompensada que qualquer tipo de sistema pré-moderno.
Marx e Durkheim viram a era moderna como uma era agitada. Mas ambos nos benefícios possíveis pela era moderna pensaram mais que suas caraterísticas negativas. Marx viu a luta de classes com fonte de cisma fundamental na ordem capitalista, em um tempo que se vislumbrava um sistema social mais humano. Durkheim acreditou que a expansão da industrialização estabelecia uma harmoniosa e satisfatória vida social, formada através da combinação da divisão do trabalho e do individualismo moral. Marx Weber é mais pessimista dos três, viu o mundo moderno como um paradoxo: o progresso material se obtinha as custa da expansão da criatividade e da autonomia individual.
            Os três autores viram que o trabalho industrial moderno teria consequências degradantes ao submeter o ser humano uma disciplina de monotonia. Que as forças produtivas comprometia diretamente a destruição do meio ambiente. Assim, o poder político posto pelo episodio do totalitarismo. Para os fundadores da sociologia aparenta ser arbitrário através do uso poder político que pertencia ao passado.
            Neste contexto pode se perceber claramente que a sociedade moderna continua sendo abstraída pela sociedade pós-moderna, sendo que a sociedade moderna se julga com clareza em desafios mais concretos, os movimentos sociais tinham convicções ideológicas de o quê e quando atacar: “ditaduras”, “poder político” concentrado, “hierarquias”. Enquanto na sociedade pós-moderna se vislumbra um desencantamento por questões social, políticos, ideológico e econômico. As lutas de classes que na modernidade eram evidentes com a mudança de época, o que é novo já não é mais em poucas horas, porque o mundo está em constante mutação.
            A aceleração das mudanças provoca nas pessoas uma crise de identidade e de sentimento de pertença. O sujeito não se permite a buscar ser um protagonista de sua história, pois, a cultura colonial está intrínseca na vida das pessoas e que os países em desenvolvimento continuam sendo penalizados pelas restrições de um governo móvel que controla o mundo.







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