Nos textos modernidade líquida (Bauman) e de Giddens: Consequência da
modernidade enfatizam sobre o mesmo tema em duas concepções diferentes enquanto,
Bauman, discute em metáfora, Giddens define a modernidade nas ciências sociais
com a contribuição dos pensados da sociologia nascente. Ambos fazem esclarecimentos
necessários para a compreensão da realidade das décadas de 80 e 90, adentrando
aos nossos dias.
A metáfora de BAUMAN se relaciona sobre a modernidade líquida, consegue
fazer uma relação direta entre sólidos e líquidos, evidenciando que os tem
clara dimensão de espaço, mas que se neutraliza pelo impacto e diminui seu
significado com o tempo. Os fluidos não conseguem manter sua forma própria por
muito tempo e estão dispostos a consequentes mudanças. Para ele o fluxo do
tempo é mais do que do espaço, é espaço momentâneo.
A definição de modernidade que GIDDENS se refere aos modos de vida ou
organização social que surgiram no século XVII e adiante cuja influência,
posteriormente, foi convertida mais ou menos ao mundo. Essa era uma nova era
para as ciências sociais. Surgindo uma variedade de termos para definir a nova
sociedade: sociedade da informação, ou sociedade de consumo. Algumas questões
está ligado ao debate das transformações institucionais, principalmente, a que
se refere aos bens de consumo e outro cuja preocupação com a informação.
BAUMAN explicita que os fluidos se desprendem facilmente “se derrete”,
“salpica”, “se descarregam, “se filtram”“. A fluidez ou a liquidez são
metáforas adequadas para compreender a natureza da situação atual, os novos
sentidos da história da modernidade. Nos tempos modernos encontramos sólidos
pré-modernos bastante avançados de desintegração e é um motivo mais poderoso
que estimulava a dissolução em desejo de inventar sólidos cuja solidez que seja
capaz de se confiar, duradouro pudendo controlar o mundo.
“Derreter os sólidos” significava desprender das obrigações “irrelevantes”,
Max Weber, expressa, liberar a iniciativa comercial das algemas de suas obrigações domésticas e a densa trama de
deveres éticos. Thomas Cártyle diz que todos os vínculos que condicionam a
vida, como reciprocidade humana e muita responsabilidade prevalece “desejo pelo
dinheiro”. E daí, as relações sociais são extravasadas tornando-se
desprotegidas, desarmadas, incapaz de resistir a regras do jogo e os critérios
da racionalidade modelada pelo comércio e menos capaz de competir com eles
efetivamente.
A ordem econômica uma vez estabelecida veio colonizada, reeducada e
convertida a seu gosto ao resto da vida social, chegando a dominar a totalidade
da vida humana. Surge então à tarefa de construir uma nova ordem melhor para
substituição aos velhos e defeituosos sistemas, porque não há nenhuma agenda
atual de “dissolução dos sólidos” é traço de modernidade adquirida, um novo
significado, adquirindo-se um significado novo, há mudanças de direção,
dissolvendo as forças que poderiam manter tema de ordem dentro do sistema
político.
Por certo, todos os modelos que romperam trocados por outros as pessoas
foram libertadas das velhas células para ser censuradas e repreendidas por meio
de um esforço dedicado, contínuo, construídos por eles uma ordem nova, fomentanda
as melhores condições e perspectivas vitais. E, os indivíduos dedicar-se a
novas tarefas de sua liberdade.
Na atualidade as pautas não estão determinadas, não estão evidentes de
nenhum modo. O poder de liquefação está deslocado do sistema da sociedade e da
política e da política vital, vem se definido o macro e o micro nível convivência
social. Nas mudanças inseridas, manter as formas dos fluidos requer muita
atenção, vigilância constante e um esforço de perpetuação e inclusão, neste
caso o êxito previsível.
A modernidade começa quando o espaço e o tempo se separam da pratica
vital e entre si, podem ser teorizadas como categorias de estratégia e ações
mutuamente independentes. O tempo tem história e sua “capacidade de contenção”
que amplia permanentemente: a prolongação dos caminhos, de espaço que o tempo
permite “passar”, “cruzar”, “cobrir”... ou conquistar. O tempo adquire a
história com a velocidade do movimento do espaço.
Segundo GIDDENS há uma descontinuidade da modernidade. Pois, a história
da humanidade está marcada por “certas” descontinuidades e precisam de um
desenvolvimento sem armadilhas, e
por suposto conhecida e tem sido acentuada a maioria das versões marxistas.
As formas de vida introduzidas pela modernidade arrasaram de maneira sem
precedente todas as modalidades tradicionais de ordem social. Extensivamente
vão servindo para estabelecer formas de interconexão social que abraçam o globo
terrestre; intensivamente, vão alterando algumas das mais íntimas e privadas
características de nossa cotidianidade.
Uma das causas da descontinuidade da modernidade não tem sido inteiramente
compreendida, se deve a antiga influencia do evolucionismo social. Marx
apresenta a história da humanidade dotada de uma direção de conjunto governada
por princípios de dinâmica geral. Substituir a narrativa evolucionista ou
descontruir sua linha de relato, não só ajuda a clarear o cometido de analisar
a modernidade sendo que reduz parte do debate sobre a chamada pós-modernidade. A
visão pós-moderna contempla uma pluralidade de heterogêneas pretensões ao
conhecimento, entre os quais a ciência não possui lugar privilegiado.
Durante a modernidade a velocidade do movimento e o acesso aos meios de
mobilidade mais rápido ascendeu até chegar ao principal instrumento de poder e
dominação.
O domínio dos
tempos estava ligado diretamente aos chefes, imobilização a mobilização dos
cidadãos e ignorando os direitos com exercício arbitrário do poder. O poder
pode se move na medida que o tempo foi requerendo movimento essenciais e
reduzindo o que era instantâneo. Na prática o poder se volta pra o
extraterritorial com a expansão do telefone, um telefonema poder mudar a ordem
e controlar o mundo (BAUMAN).
Vale ressaltar que a força militar e
suas estratégias bélicas tinha que encarar modernidade liquida com objetivava a
conquistar novos territórios e a demolição de novos muros que impediam a os
novos poderes globais.
Estamos assistindo a um aumento do nomadismo em relação ao sedentarismo,
na etapa do liquida da modernidade a maioria sedentária é governada por uma
elite nômade e extraterritorial. A
desintegração da trama social e o desmoronamento das ações coletivas
assinalam-se com grande ansiedade e justifica-se como efeito colateral na nova
leveza e fluidez de um poder que cada vez é mais móvel, escuro, que muda
evasivo e fugitivo. A desintegração social é um resultado da nova técnica de
poder que emprega os principais instrumentos ao descompromisso e arte da fuga (BAUMAN).
GIDDENS coloca no texto que Surgiram algumas interrogações: como poderemos
reconhecer as descontinuidades que as instituições sociais modernas das ordens
sociais tradicionais? Entram em jogo algumas características: 1. O ritmo de
mudanças da era da modernidade põe em movimento as civilizações tradicionais
podendo torná-la mais dinâmicas que outros sistemas pré-moderno. Mas a
celeridade desta mudança apresenta condições excepcionais da modernidade,
resultando na tecnologia e excedendo as outras esferas. 2. O âmbito de mudança
está ligado à interconexão da comunicação em diferentes regionais do mundo. 3.
A natureza intrínseca das instituições modernas. É evidencia de algumas formas
sociais modernas do sistema estado-nação ou da dependência generalizada da
produção a partir de fonte inanimadas de energia e completa mercantilização dos
produtos e trabalho assalariado.
O caráter da modernidade se concentra em grande parte em discussões sobre
segurança e perigo, confiabilidade e riscos. O desenvolvimento das instituições
sociais modernas e sua expansão mundial estão criando oportunidades enormente
maiores para que os seres humanos desfrutem de uma existência mais segura e
recompensada que qualquer tipo de sistema pré-moderno.
Marx e Durkheim viram a era moderna como uma era agitada. Mas ambos nos
benefícios possíveis pela era moderna pensaram mais que suas caraterísticas
negativas. Marx viu a luta de classes com fonte de cisma fundamental na ordem
capitalista, em um tempo que se vislumbrava um sistema social mais humano.
Durkheim acreditou que a expansão da industrialização estabelecia uma
harmoniosa e satisfatória vida social, formada através da combinação da divisão
do trabalho e do individualismo moral. Marx Weber é mais pessimista dos três,
viu o mundo moderno como um paradoxo: o progresso material se obtinha as custa
da expansão da criatividade e da autonomia individual.
Os três autores viram que o trabalho
industrial moderno teria consequências degradantes ao submeter o ser humano uma
disciplina de monotonia. Que as forças produtivas comprometia diretamente a
destruição do meio ambiente. Assim, o poder político posto pelo episodio do
totalitarismo. Para os fundadores da sociologia aparenta ser arbitrário através
do uso poder político que pertencia ao passado.
Neste contexto pode se perceber
claramente que a sociedade moderna continua sendo abstraída pela sociedade
pós-moderna, sendo que a sociedade moderna se julga com clareza em desafios
mais concretos, os movimentos sociais tinham convicções ideológicas de o quê e
quando atacar: “ditaduras”, “poder político” concentrado, “hierarquias”.
Enquanto na sociedade pós-moderna se vislumbra um desencantamento por questões
social, políticos, ideológico e econômico. As lutas de classes que na
modernidade eram evidentes com a mudança de época, o que é novo já não é mais
em poucas horas, porque o mundo está em constante mutação.
A aceleração das mudanças provoca
nas pessoas uma crise de identidade e de sentimento de pertença. O sujeito não
se permite a buscar ser um protagonista de sua história, pois, a cultura
colonial está intrínseca na vida das pessoas e que os países em desenvolvimento
continuam sendo penalizados pelas restrições de um governo móvel que controla o
mundo.
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