O que é ser um bom professor? O que é ser um bom professor de Matemática? Como tornar-se um bom professor de matemática? são três perguntas difíceis de serem respondidas. Fazemos aqui algumas reflexões que talvez auxiliem na resposta destas questões.
Ensinar não é apenas uma ciência, é também arte. Caso o ensino fosse apenas uma biblioteca de técnicas de transmissão de conhecimentos para os alunos, então seria mais fácil ser professor, bastaria escolher a técnica que fosse mais adequada ao conteúdo disciplinar e ao público alvo e pronto. Entretanto a realidade da educação prova que não é tão simples assim. É como se cada disciplina e cada turma de alunos formassem uma situação única para a qual devesse haver uma técnica exclusiva de ensino a fim de atingir o objetivo maior da compreensão plena. Por este motivo ensinar é uma arte, pois um objeto de arte é único e o seu criador deve ter disponível no momento da criação, não apenas as os equipamentos e as técnicas mas também a inspiração intuitiva e a perfeita harmonia entre estes recursos e o público alvo: os aprendizes.
O segredo para ser um bom professor está então revelado no parágrafo acima. Conheça o conteúdo, desenvolva técnicas de ensino, inspire-se para ser muito mais que um instrutor, abra sua mente para a intuição, desenvolva a sensibilidade, tenha uma visão ampla e profunda de si mesmo e dos que lhe ouvem, escolha bem os personagens do palco e crie sua obra de arte: a Educação.
Instrução e educação são coisas bem distintas. A primeira visa principalmente informar e criar na mente do aprendiz uma biblioteca de conhecimentos. Um professor que apenas sabe instruir pode ser tranqüilamente substituído por um computador. Por outro lado, a educação visa formar uma consciência inteligente capaz de absorver quaisquer informações e produzir suas próprias informações.
Deste ponto em diante sempre que nos referirmos a um bom professor estaremos apontando para um ideal de educador ao invés de um instrutor. Um professor educador é uma espécie rara. Os sistemas educacionais raramente estimulam a formação de educadores. A era dos avanços tecnológicos tem criado políticas que forçam um ensino voltado para um domínio rápido de um grande acervo de informações e com resultados práticos e comercializáveis. Neste processo, tais políticas priorizam a quantidade sobre a qualidade. A conseqüência mais grave é que a educação é corrompida e é degenerada em simplesmente um processo produtivo mecanicista intelectual.
O processo de ensino e aprendizagem requer muito mais que apenas domínio de conteúdo pois são também imprescindíveis, a sensibilidade e a criatividade. O aprendiz deverá ser estimulado e incentivado a fim de que o conhecimento objeto da educação encontre um solo fértil para frutificar na mente do mesmo.
Universidade Federal do Amazonas
MUITO LEGAL SUA PUBLICAÇÃO, GOSTEI MUITO. PARABÉNS! GILVAN SALES
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