quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Tecnologias Educacionais


A relação currículo e tecnologia se estabelece por intermédio das diversas lógicas de reorganização dos processos de aprendizagem. A diversidade presente nos conteúdos e formas da sua organização, reforçada pela noção de currículo como uma construção plurissignificativa, reflete-se nos processos de mediação.
Nesse contexto, o desenvolvimento curricular perpassa, inevitavelmente, pelas novas relações com o saber que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) oportunizam e potencializam, articulando a escola com outros espaços produtores do conhecimento, provocando mudanças substanciais no interior do espaço escolar e construindo, inclusive, uma cultura colaborativa. As profundas transformações no universo da mídia impulsionam a escola, pelo papel que esta desempenha, a compreender a cultura tecnológica, aproveitando as características dos diferentes veículos de comunicação e informação, e objetivando a melhoria dos processos de ensino-aprendizagem e, consequentemente, aumento dos padrões de qualidade do ensino.
A concepção de educação estabelecida atualmente pela sociedade do conhecimento visa romper com a sequência hierárquica de conteúdos que caracteriza a formação tradicional e assume uma postura problematizadora, vivenciando a dialética da própria aprendizagem e da aprendizagem dos alunos, oportunizando reflexões importantes sobre como se aprende e como se ensina. Em conformidade com esses pressupostos, reafirma-se a concepção de ensino, em que as TICs exercem um papel fundamental na construção de saberes.
Nessa perspectiva, ao visar uma educação de qualidade, torna-se necessário repensar o professor competente e consciente da realidade social em que atua, com sólida fundamentação teórico-metodológica que lhe possibilite interpretar essa realidade e escolher, com segurança, os procedimentos para fazer as intervenções pedagógicas necessárias, auxiliado pelos recursos tecnológicos disponíveis na escola onde atua.
Enfatiza-se ainda que, após o desenvolvimento de novos meios de difusão, as informações deixaram de ser apresentadas exclusivamente atreladas à figura do professor. Com o aumento crescente das informações, as crianças e jovens, chegam às instituições escolares trazendo consigo uma bagagem que extrapola os limites oriundos da família, do professor e da própria escola. Sabe-se que informação é diferente de conhecimento e embora o aluno disponha de muitas informações, ele ainda necessita das orientações de um profissional que, através de um diálogo pedagógico, o auxilie a refletir criticamente sobre essas informações.
Considerando que as mídias estão presentes em todos os contextos de aprendizagem, o professor passa a desempenhar o papel de dar sentido ao uso das mídias impressas e eletrônicas, de forma a produzir conhecimento, considerando infinitas possibilidades, posto que as mídias, se bem utilizadas, oportunizam novas situações de aprendizagem. Nessa premissa, o educador deve atuar como mediador que lança novos desafios subsidiados pelas numerosas contribuições que as TICs trazem para as atividades de ensino e para o processo de aprendizagem do aluno, constituindo-se em parceiro de um saber coletivo ao qual lhe compete organizar, deixando de se apresentar como o núcleo do conhecimento para tornar-se um otimizador desses conhecimentos, fornecendo meios e instrumentos, estimulando o diálogo, a reflexão e a participação crítica. Torna-se fundamental que o professor tenha conhecimento

Texto: Referencial Curricular de Ciências Naturais do Ensino Fundamental de  5ª a 8ª série/6º ao 9º ano

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