sexta-feira, 13 de julho de 2012
PLANEJAMENTO DE CURSO MATEMATICA
DISCIPLINA: Matemática
PROFESSOR: José Roberto Santos Sousa
SÉRIE: 8ª
PLANEJAMENTO DE CURSO
1 JUSTIFICATIVA:
Estudos e Pesquisas das últimas décadas em Educação Matemática e as práticas educativas bem sucedidas em sala de aula sugerem que devemos ter na mente os seguintes princípios que nortearão o ensino de matemática de 5ª a 8ª série.
A matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade moderna e contemporânea. Apropria-se de conceitos e procedimentos basilares para a vida cotidiana, bem como contribui para a execução de uma cidadania ativa com relações estreitas com as demais disciplinas e com a cultura local.
A escola nova consiste na preparação inte¬lectual e moral dos alunos para assumir sua posição na sociedade. O com¬promisso da escola é com a cultura, os problemas sociais pertencem à sociedade. Desde modo pode se perceber que a Matemática tem papel fundamental para a inserção de procedimentos básicos para o aprimoramento da cidadania.
A matemática se apropria também da relação do ser humano com o mundo do trabalho, possibilitando o indivíduo a buscar novos caminhos profissionais, considerando o lúdico e o cognitivo que o discente já possui. Há um fator de relevância importância que a matemática propicia que é de ajudar o indivíduo ser pensante, contribuindo, no entanto para o processo de construção individual e coletiva da sociedade vigente.
O educador precisa se apropriar de conhecimentos que os conduza aplicarem na formação dos alunos. Motivando-os a construir novos conhecimentos, considerando as forças internas de cada, estimulando a problematizar e encontrar soluções para os variados problemas de Matemática. É possível ver claramente que o construtivismo permeia o cotidiano do discente convidando-o a aprender com atividades de descoberta e de uma autoaprendizagem..
A comunicação tem sido explorada com veemência no último século que se iniciou, portanto a lógica, as operações, as combinações e conhecimentos geométricos do mundo da comunicação, tornaram-se, fator de relevância para o estudo da matemática. Com isso os materiais didáticos ajudarão a fomentar a necessidade de aprimoramento do conteúdo matemático, bem como tornar papável aquilo que é repassado, no contexto da realidade do aluno. Objetivando a construção do conhecimento.
A partir destes princípios pode-se fazer acontecer o ensino de uma matemática voltada para a vida da pessoa, não somente o ensinamento aleatório de conteúdo, mas, conteúdo com sentido e significação para sua existência. Onde se possibilite ao aluno o desenvolvimento de habilidades e competências para o domínio da matemática.
Na tendência tecnicista responsabiliza a educação à sociedade, tendo como função principal a preparação dos indivíduos para o trabalho, principalmente nas indústrias. E, com chegada da sociedade industrial e tecnológica (cientificamente) as metas econômicas, sociais e políticas, a educação treina (também cien¬tificamente) nos alunos os comportamentos de ajustamento a essas metas.
No tecnicismo acredita-se que a realidade contém em si suas próprias leis, bastando aos homens descobri-las e aplicá-las. Dessa forma, o essencial não é o conteúdo da realidade, mas as técnicas (forma) de descoberta e aplicação. A tecnologia (aproveitamento ordenado de recursos, com base no conhecimento científico) é o meio eficaz de obter a maximização da produção e garantir um ótimo funcionamento da sociedade. Contudo neste modelo podemos enfatizar que a matemática desde muito tempo vem se tornando uma buscar incansável pelo aprimoramento da tecnologia e das ciências como fundamento importantes para viver em sociedade que tem como prioridade o indivíduo não pelo que é, mas, pelo que tem. É salutar esclarecer aos discentes a necessidade de ter metas para o mundo do trabalho.
Nos temas transversais dos Parâmetros Curriculares do Brasil um dos temas é a educação para o trabalho, pois, o trabalho é fundamental necessário para a vida dos educandos.
2. OBJETIVO GERAL:
O Ensino de matemática de 8ª do Ensino fundamental levará o aluno a:
2.1 Adotar uma atitude positiva em relação à Matemática, ou seja, desenvolver sua capacidade de “fazer matemática” construindo conceitos e procedimentos, formulando e resolvendo problemas por si mesmo e, assim, aumentar sua autoestima e perseverança na busca de soluções para um problema.
2.2 Observar sistematicamente a presença da matemática no cotidiano, integrando os eixos temáticos (números e operações, geometria, grandezas e medidas, raciocínio combinatório, estatística e probabilidade) e fazer a integração dos conhecimentos com os colegas, num sistema de cooperação, propiciando um ambiente de aprendizagem.
Os objetivos a cima citado está ligado a escolas pedagógicas, a saber: construtivista, tecnicista, escola nova e construtivista. A Matemática é uma disciplina de abstração, porém podemos construir nos alunos a vontade de resolver e aplicar os problemas na vida das pessoas, levando os alunos a uma interação dos conhecimentos com professores e colegas, em cooperação propiciando um ambiente de aprendizagem.
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
O ensino da matemática deve procurar desenvolver:
3.1 O pensamento numérico, ampliando e construindo novos significados para os números e as operações; resolvendo situações-problema que envolva os vários tipos de números e operações; identificando e utilizando diferentes representações para esses números; utilizando vários procedimentos de cálculo: mental, estimativas, arredondamentos e algoritmos.
A escola mais explicita é tecnicista, pois ela ajuda o aluno a compreender e identificar procedimentos de cálculos mentais, estimativas, arredondamentos e algoritmos, habilitando-os a utilizar com facilidade os diferentes significados dos números nas operações.
3.2 Os pensamentos algébricos, procurando generalizar propriedades das operações aritméticas; traduzindo situações-problema na linguagem matemática, traduzindo tabelas e gráficos em leis matemáticas que relacionem duas variáveis dependentes, interpretando expressões algébricas, igualdade e desigualdades.
3.3 O pensamento geométrico, trabalhando primeiro as figuras espaciais os tridimensionais, depois figuras planas ou bidimensionais e, em seguida, os contornos de figuras planas e figuras unidimensionais, localizando pontos no plano cartesiano; ampliando e reduzindo figuras geométricas planas e verificando conceitos de congruência e semelhança.
3.4 O raciocínio proporcional, observando a variação entre grandezas e estabelecendo relações entre elas; resolvendo situações-problema que envolva proporcionalidade; representando a variação entre duas grandezas em plano cartesiano e identificando se elas são direta o inversamente proporcionais ou se são proporcionais.
3.5 O raciocínio combinatório, analisando quais e quantas são as possibilidades de algo ocorrer e resolver situações-problema que envolva a ideia de possibilidades;
3.6 O raciocínio estatístico e probabilístico, coletando, organizando e analisando informações; elaborando tabelas, construído e interpretando gráficos e desenvolvendo ideia de chance e de sua medida (probabilidade).
Muitos discentes tem dificuldade de compreender cálculos algébricos e com os pensamentos da escola nova e tecnicista faz-se necessário que o aluno incorpore novas estruturas cognitiva empregando situa¬ções adversas para desenvolvimento de atividades práticas compreendendo e utilizando gráficos, tabelas, grandezas proporcionais, e demais expressão matemáticas para o aprimoramento do raciocínio do discente. Pedagogia tradicional está explicitada também nos objetivos elencados.
4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1 Relações numéricas
Números racionais, irracionais e reais/Intervalos numéricos/Propriedades das potências/Notação científica/Radicais (propriedades, operações, racionalização)
4.2. Semelhança
Figuras e polígonos semelhanças/Ampliação e redução (noção de homotetia)/Semelhança de triângulos/Propriedade fundamental da semelhança/Teorema de Tales
4.3. Equação e função do 1º grau
Exploração da relação de dependência entre grandezas/Grandezas direta e inversamente proporcionais/O conceito de função/ Representação de uma função (lei de formação ou fórmula)/Representação de funções por meio de diagramas e gráficos/Domínio e imagem de uma função/Definição de função do 1º grau/Relação entre coeficiente, termo independente e representação gráfica/Intersecção do gráfico de uma função do 1º grau com eixo das abscissas/Noção de função crescente e decrescente/Noção de coeficiente linear e angular
4.4. Descobrindo e resolvendo equações do 2º grau
Retomada do conceito de solução de uma equação/Exploração das diferenças entre equação do 1º e 2º grau/Definição de equação do 2º grau/Equação do 2º grau completa e incompleta/Obtenção das raízes de uma equação do 2º grau por meio de fatoração/Fórmula resolutiva da equação do 2º grau (Fórmula de Bháskara)/Equação do 2º grau equivalente/Relação entre coeficientes e raízes de uma equação (soma e produto).
4.5. Estudando de função do 2º grau
Exploração das diferenças entre reta e parábola/Caracterização da curva chamada parábola/Identificação de objetos e construções que apresentam a forma parabólica/Definição de função do 2º grau/Representação gráfica de uma função do 2º grau (intersecção com eixos coordenados, vértice e eixo de simetria)/Relação entre o discriminante e o gráfico da função do 2º grau/Domínio, contradomínio e imagem de uma função quadrática/Valor máximo e mínimo de uma função quadrática
4.6. Trabalhando com relações métricas no triângulo retângulo
Retomada do conceito de semelhança de triângulo/Exploração da noção de projeção ortogonal/A projeção de catetos sobre a hipotenusa de um triângulo retângulo/Relações métricas no triângulo retângulo/Teorema de Pitágoras
4.7. Circunferência e círculo
Analogia com objetos do cotidiano/Corda, diâmetro e raio/Posições relativas/Posições relativas/Ângulo central e inscrito/Relações métricas da circunferência
4.8. Aprofundando os conhecimentos sobre equações
Sistema de equações/Equações biquadradas/Equações irracionais
4.9. Relações trigonométricas
Relações trigonométricas no triângulo retângulo/Relações trigonométricas num triângulo qualquer
4.10. Estudando frações algébricas
Simplificação de frações algébricas/Operações com frações algébricas/Equações fracionárias
4.11. Polígonos regulares inscritos na circunferência
Triângulo equilátero/Quadrado/Hexágono regular
4.12. Noções de estatística e probabilidade
Explorando a organização de dados/Média aritmética e ponderada/Moda e mediana/Chances de eventos
4.13. Noções de matemática financeira
Proporcionalidade/Porcentagem/Juros simples/Juros compostos.
Os conteúdos elencados estão ligados às escolas, da Escola tradicional à construtivista. Conteúdos é sempre algo mais globalizante, universal, podendo a escola adequar ao currículo pré-estabelecido no projeto político-pedagógico. “A escola vive grandes desafios e o principal deles é contribuir para que a educação seja uma prática social e que possa responder aos anseios de melhoria da vida dos cidadãos, permitindo que todos possam participar decisivamente dos caminhos nos levam a conscientização ao exercício de cidadania e da democracia, a escola sendo um espaço de construção e de saberes permanente deve criar condições objetivas para que tal desafio seja superado”. (PPP Centro de Ensino Antonio Corrêa).
Os conteúdos devem ser interligados à realidade dos discentes.
5 METODOLOGIA
O mundo está em um processo de mudanças, dando o grande e rápido desenvolvimento da tecnologia. Máquinas de calcular (...), Internet, e outras tantos assuntos do dia a dia. E todos, pais, filhos, professores e demais da comunidade convivem com essa realidade. Portanto, em meios a esta realidade, há um propósito de ao invés de ensinar o aluno ser robotizado, é de fazê-lo protagonista de seu conhecimento. Procurando torná-lo autor de sua própria formação, com a orientação da comunidade escolar. Levando-o a uma interação com a comunidade e a sociedade que vive e convive. Desenvolvendo no discente um potencial pessoal e, com efeito, de cooperação para que haja senso de responsabilidade consigo e com os outros.
Será trabalhada a ideia da matemática intuitiva e simbólica onde possa fazê-lo compreender que a linguagem matemática faz parte de nossa vida, dando significado àquilo que estudou. O aluno será estimulado para o estudo da matemática, criando oportunidades de descobertas e possibilitando a expressividade destas descobertas.
As equipes de estudos serão fatores importantes para a análise de dados, tarefas, julgamento e, sobretudo de relacionamento com os outros, aprende e ensinando ao mesmo tempo.
A permissão do uso adequado de calculadoras e computadores serão necessários, porém, não poderão ser responsáveis pelo o processo de pensar, raciocinar e aplicar.
A metodologia aplicada estimula o educando a formulação de situações problemas, oportuniza a construção de conhecimentos de investigação, a fim de conhecer e produzir conceito matemático e efetive uma ligação com cotidiano. O modelo de escola renovada propõe um ensino que valorize a autoeducação (o aluno como sujeito do conheci¬mento), a experiência direta sobre o meio pela atividade; um ensino cen¬trado no aluno e no grupo.
Uma metodologia bem acirrada e desenvolvida com os discentes ajuda garantir a oportunidade de colocar as soluções à prova, a fim de determinar sua utilidade para a vida.
6 RECURSOS E MATERIAIS DIDÁTICOS:
Os recursos e materiais didáticos é de supra necessidade para se atingir os objetivos acima definidos para o estuda de Matemática do Ensino Fundamental, mais, especificamente com os discentes da 8ª série. Serão utilizados todos os recursos e materiais, bem como outros, que não serão elencados neste planejamento, a saber: Os livros didáticos e paradidáticos; Jornais, revistas e folhetos de propaganda; Calculadoras; Régua, esquadro, transferidor, compasso, metro, trena, termômetro, relógio, cronômetro, espelho, bússola e tesoura; Papel quadriculado malha triangular, folha de papel sulfite e de cartolina, fita crepe, cola barbante, arame, canudinhos, palitos, etc. Vídeos; Computador; Internet; Jogos, divertimentos e quebra-cabeças; e Sala ambiente de matemática ou laboratório de ensino de matemática.
7 SISTEMAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Como sabemos a avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre como está se realizando o processo ensino-aprendizagem como um todo.
As hipóteses levantadas, as argumentações apresentadas na busca de soluções, a autonomia em tentar solucionar um problema, o raciocínio utilizado na resolução de problemas, as justificativas dos procedimentos utilizados, a interpretação correta de uma situação apresentada, a percepção de que uma solução não segue um modelo padronizado, a validação de resultados, a formulação de questões, a utilização de diferentes linguagens (oral, escrita, gráfica, numérica, geométrica, etc) são dados extremamente importantes a serem avaliados.
As avaliações além do fora dito serão feitas a partir do conteúdo explorado através de defesas explicativas de trabalhos (individual e coletivamente), testes escritos, pesquisas, trabalhos de oficinas, elaboração de projetos, auto avaliação, argumentação, etc. a utilização de formas inovadoras de avaliação auxiliará os alunos no seu desenvolvimento cognitivo percebendo a importância do que aprendera nos conteúdos proposto pelo curso.
As avaliações de conteúdos apesar de ter absorvidas mudanças temporais importantes onde questiona os alunos a partir de exercícios relacionados com o cotidiano. Permanece presente a metodologia da escola tradicional prevalecendo na prática escolar o ensino como mera transmissão de conhecimentos que são decorados sem questionamento, dando somente exercícios repetitivos, impondo extremamente a disciplina e usar castigos. Trata-se de uma prática escolar que empobrece até as boas intenções da Pedagogia Tradicional, que pretendia com seus métodos, transmitir a cultura geral, isto é, as grandes descobertas da humanidade, a formação do raciocínio e o treino da mente e da vontade.
Os testes avaliativos das escolas públicas e privadas continua carregado das questões tradicionais. Contudo Percebe-se que o trabalho escolar não é direcionado somente para os conteúdos de ensino sistematizados, e sim no processo de participação ativa nas discussões e nas ações práticas sobre questões da realidade social imediata. É uma didática que busca desenvolver o processo como tarefa que se dá no interior dos grupos sociais, sendo o professor, coordenador ou animador das atividades que se organizam sempre pela ação conjunta dele e dos alunos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ABERKANE, Françoise C.; BERDONNEAU, Catherine. O ensino da matemática na educação infantil. Porto alegre: Artes Médicas, 1997.
BEYER, Hugo Otto. O fazer psicopedagógico. Porto Alegre: Mediação, 1997.
BICUDO Maria Aparecida viggiani.Pesquisa em educação matemática: concepções e perspectivas. São Paulo: Unesp, 1999.
BRASIL, Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: matemática: primeiro e segundo ciclos do ensino fundamental: MEC, 1997.
CENTURÓN, Marília. Números e operações. São Paulo: Scipione, 1994.
TINOCO, Lúcia. Razões e proporções. Rio de Janeiro: Instituto de matemático – Projeto Fundão, 1997.
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